A crise sanitária do coronavírus evidenciou algo que sempre foi importante, mas que muitas vezes passava despercebido: a função de proteção e o ganho de confiança gerado por etiqueta antiviolação nos serviços de entregas. É o caso, por exemplo, do mercado de refeições prontas, que viu a demanda crescer vertiginosamente durante a pandemia.
Pequenos restaurantes, que antes atendiam apenas nos salões, passaram a recorrer a serviços de delivery. Outros, que já tinham as entregas como parte de seus negócios, depararam-se com um aumento repentino de demanda por pessoas que foram obrigadas a ficar em quarentena. De concreto, o que se sabe é que, mesmo após a volta da normalidade e a reabertura do comércio, os serviços de entrega se estabilizarão num patamar superior ao que se encontravam antes.
Nesse cenário, ganhar a preferência de consumidores ou consumidoras em meio à acirrada concorrência, potencializada pela popularização de aplicativos, pode depender de pequenos detalhes. A percepção de qualidade, e especialmente a garantia de higiene com etiqueta antiviolação, certamente são decisivos para uma eventual decisão de recompra.
A aplicação de uma simples etiqueta antiviolação pode ser o suficiente para assegurar a qualidade dos produtos desde que deixam suas dependências até o momento em que chegam à mão do cliente – com o benefício adicional de criar novas possibilidades de comunicação, seja criando um conjunto visualmente mais atraente, seja trazendo mensagens personalizadas para o cliente, seja simplesmente ajudando a identificar a entrega.
Mas não é qualquer etiqueta que resolve. Se ela puder ser removível e reaplicada sem que isso seja perceptível, sua função de segurança será nula. A etiqueta antiviolação (tamper evident) precisa evidenciar que a embalagem foi violada. Podem ser aplicadas diretamente nas embalagens primárias que acondicionam as refeições, ou então nos sacos ou sacolas utilizados para transportá-las. O importante é deixar claro para o cliente que ninguém mexeu, de forma indevida, na refeição encomendada.
Uma pesquisa realizada há cerca de um ano nos Estados Unidos mostra que a abertura indevida de embalagens de restaurantes delivery é uma situação mais recorrente do que se imagina. Quase 30% dos entregadores revelam já ter violado embalagens para provar as refeições que transportavam, e mais da metade deles conta que frequentemente se sente tentada a fazer isso. Não à toa, o apoio dos consumidores ao uso de uma etiqueta antiviolação, segundo esse levantamento, é maciço, como mostra o gráfico abaixo:
Sem contato, mas com controle, rastreabilidade e mais vendas
Há quase duas décadas se ouve falar que o RFID (Radio Frequency Identification, ou Identificação por Rádio Frequência) será o futuro. Por isso, há quem olhe com reticência para as notícias de que essa tecnologia vem avançando rapidamente, e que vai se consolidar, inclusive no Brasil, muito em breve.
Essa desconfiança não tem mais razão de ser. O enorme desenvolvimento da tecnologia superou barreiras como a leitura em superfícies metálicas ou em embalagens com líquidos, que eram entraves para a adoção mais ampla no mercado de embalagens. Outro fator de restrição que foi superado é o custo, que caiu drasticamente nos últimos anos. Investimentos no setor, como a recente compra da Smartrac pela Avery Dennison anunciada no final de 2019, sinalizam para quedas ainda maiores nos próximos meses. Tais fatores, alinhados ao aumento exponencial da capacidade de processamento de informações ocorrido desde as primeiras iniciativas com essa tecnologia no início dos anos 2000, somam-se à maior demanda dos brand owners e dos varejistas e atacadistas por fatores como eficiência, rastreabilidade, segurança e melhor experiência de consumo, e fazem com que o contexto atual seja amplamente favorável ao avanço do RFID em várias frentes.
No que se refere ao universo da segurança, tratado neste paper, o RFID traz para os brand owners o benefício de controlar com precisão os inventários, prevenir furtos e viabilizar total rastreabilidade dos produtos desde o momento em que deixam a fábrica. Superam, com muitas vantagens, o controle efetuado por códigos de barras, aumentando a eficiência do processo e reduzindo o custo com horas de trabalho dedicado a essas funções.
O RFID pode, também, garantir segurança para as pessoas no momento do consumo, em aplicações específicas como as destinadas a controlar, por exemplo, farmácias de hospitais, identificando o fluxo dos medicamentos para assegurar que serão ministrados de forma correta a cada paciente, sem eventuais trocas ou erros de dosagem.
Outra solução similar ao RFID (veja quadro ao lado) é o NFC (Near Field Communication, ou Comunicação por Proximidade). Trata-se de uma tecnologia capaz de transferir para um dispositivo os dados armazenados no chip incorporado à etiqueta antiviolação, assegurando a autenticidade do produto. Essa solução está sendo usada, por exemplo, em kits de testagem para Covid-19, nos Estados Unidos.
Além de garantir a origem do produto, o NFC viabiliza a interação com a pessoa que efetua a leitura, abrindo a possibilidade para ações de engajamento de marca.
O que é RFID?
RFID (Radio Frequency Identification, ou Identificação por Rádio Frequência) é apresentado, geralmente, na forma de etiquetas autoadesivas à qual são incorporados uma antena e um chip onde são gravados dados únicos. Essa etiqueta pode ser incorporada a tags ou a rótulos, tornando-se oculta e não interferindo no design gráfico.
A identidade digital única gravada no RFID é transferida a um leitor por rádio frequência (UHF), com elevada acuracidade (acima de 99%). Outra vantagem é a possibilidade de leitura de múltiplos itens simultaneamente, o que faz do RFID uma solução altamente eficiente para o controle de inventário.
O que é NFC?
NFC (Near Field Communication, ou Comunicação por Proximidade) é similar ao RFID, mas trabalha numa outra frequência (HF). A leitura se dá pela aproximação de um dispositivo, que pode ser um smartphone, à etiqueta. A tecnologia pode ser usada para garantir autenticidade e também para interação com o usuário ou a usuária.
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Aqui, organizamos as soluções de segurança em dois grupos básicos: segurança de bens de consumo e antifalsificação.